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DALVA SILVEIRA
( Minas Gerais – Brasil )
Natural de Belo Horizonte — MG. Possui Graduação em História pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.
Especialização em Ensino Técnico pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais — CEFET/MG.
Mestrado e Doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade de São Paulo – PUC/SP. É servidora do CEFET/MG, atuando na área de Biblioteca e foi professora da Rede Particular de Ensino de Belo Horizonte por 15 anos.
É pesquisador e palestrante, atuando principalmente no temas: Ditadura Militar e Cultura, Geraldo Vandré e Imprensa Alternativa da década de 1970.
Tem poemas publicados em diversas coletâneas.
NOVO DECAMERON. Antologia poética. Org. Rodrigo Starling, 2021. 235 p. ISBN 978-65-994-783-7-6-1
Ex. bibl. Antonio Miranda
VÍRUS, VIDRAÇA E VÔO
Intransponível vidraça,
sem graça…
Havia flores amarelas
E entre elas, coloridas
tentavam enfeitar a vida,
que jazia pintada de cinza,
vazia, sofrida...
Casa, asa...
tudo passa...
Passou um passarinho,
procurando um ninho...
um cantar divino! Hino!
Eu gosto é de viajar!
Eu gosto de escolher: voar!
Veio um vírus
E a vida virou
O que virá?
CORONAVÍRUS E
INCÓGNITAS
Surge um vírus!
E vira o mundo
de cabeça para baixo.
Acho, não acredito!
Então, medito...
Reflito..
Fito um argumento fixo, extremo:
risco de morte!
O cessar do bem supremo!
Temo! E sob o medo,
medonhas leis se impõem!
Então, sem chão, tremo...
Sou simples mortal!
Pessoa do povo,
E me sinto num ovo!
E como morto-vivo,
sinto saudades dos abraços,
e até dos amassos
nos coletivos,
quando todos respiravam sem temor,
num tempo antes do terror!
Sinto-me em ditadura!
numa dura indecisão!
Se saio fico doente,
se fico, doente então...
Assim a internet avança...
e a quase todos alcança!
Quanto horror!
O que me resta?
Cuidar-me frente à incógnita,
Conheço muita gente inóspita,
que sem bombas,
se armas,
se grandes gastos
e com muito lucro,
arma, mata e desconhece o luto#!
Tudo está no ar...
Existiram duas guerras mundiais...
E tantos outros ais...
Ah! porque duvidar?
Os estragos e prantos são tantos...
que prefiro não contar...
No momento,
Estou levada pelo vento, perdida,
não vejo uma saída
e não posso sair!
Sigo, secando a ferida,
partida e temendo o partir...
*
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Página publicada em novembro de 2021
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